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quinta-feira, 28 de julho de 2011

06 de julho 2011, Aracaju - SE

Aracaju é cortada pelos rios Sergipe e o Poxim. No censo de 2010 contava com 570.937 habitantes. A grande Aracaju integra os municípios Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e São Cristóvão, e o número de habitantes passa para 835.564. É apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste Brasileiro, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do País e a capital com menor índice de fumantes, segundo dados do Ministério da Saúde.
O topônimo "Aracaju" deriva da expressão indígena "ará acaiú", que em tupi-guarani significa "cajueiro dos papagaios". O elemento "ará" significa "Papagaio" e "acaiú", "fruto do cajueiro".
A história da cidade de Aracaju está fortemente relacionada à da cidade de São Cristóvão, pois era esta a antiga capital da capitania de Sergipe, atual estado de Sergipe. Foi a partir da decisão de mudança da cidade que abrigaria a capital provincial que Aracaju pôde existir e cresceu. Fundada em 1855, foi a primeira capital planejada de um estado brasileiro; seu formato remete a um tabuleiro de xadrez. Todas as ruas foram projetadas geometricamente, como um tabuleiro de xadrez, para desembocarem no rio Sergipe. Até então, as cidades existentes antes do século XVII adaptavam-se às respectivas condições topográficas naturais, estabelecendo uma irregularidade no panorama urbano. O engenheiro Pirro contrapôs essa irregularidade e Aracaju foi, no Brasil, um dos primeiros exemplos de tal tendência geométrica.
No início da ocupação de povos não-indígenas onde hoje se encontra Aracaju e cidades vizinhas, esta região estava sob a jurisdição da capitania da Baía de Todos os Santos, que hoje é o estado da Bahia. A princípio, essa região era território do cacique Serigi, que dominava desde as margens do rio Sergipe até a do rio Vaza-Barris.
Em 1590, Cristóvão de Barros atacou as tribos do cacique Serigi e de seu irmão Siriri, matando-os e derrotando-os. Assim, no dia 1 de janeiro de 1590, Cristóvão Barros fundou a cidade de São Cristóvão junto à foz do rio Sergipe e definiu a capitania de Sergipe, ainda subordinada à Capitania da Baía de Todos os Santos. Mais tarde, a localização foi transferida para as margens do rio Poxim e, enfim, para o Rio Paramopama, afluente do Vaza-Barris.

As terras onde hoje se encontra Aracaju originaram-se de sesmarias doadas a Pero Gonçalves por volta do ano de 1602.Eram compostas de 160 quilômetros de costa, mas em todas as margens não existia nenhuma vila, apenas povoados de pescadores.
No ano de 1699 tem-se notícia de um povoado surgido às margens do rio Sergipe, próximo à região onde este deságua no mar, com o nome de Santo Antônio de Aracaju. Seu capitão era o indígena João Mulato. Em meados do século seguinte, em 1757, Santo Antônio de Aracaju vivia sem maiores crescimentos e já era incluída como sítio da freguesia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba.
Na então capital de Sergipe, São Cristóvão, estava-se tendo dificuldades com relação aos portos. Como a capital ficava no interior do estado, a navegação até os portos era somente fluvial, o que era um inconveniente, uma vez que os maiores navios não tinham passagem por conta da tonelagem, fazendo os portos sergipanos servirem apenas para pequenas embarcações.
A partir de 1854, a praia que hoje é de território de Aracaju, perto da foz do Rio Sergipe, despertou grande interesse do governo da província de Sergipe, que transferiu a alfândega e a Mesa de Rendas Provinciais para aquele local e construiu uma Agência do Correio e uma Sub-Delegacia Policial. Além disso, um porto foi construído na praia, denominada "Atalaia".
A província necessitava de um porto de porte maior para seu progresso. No dia 2 de março de 1855, a Assembleia Legislativa da Província abriu sessão em uma das poucas casas existentes na Praia de Atalaia. Nesta sessão, tendo previamente analisado a situação em que se encontrava a província, Inácio Joaquim Barbosa, o primeiro presidente da Província de Sergipe Del Rey, decidiu transferir a capital de Sergipe, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali. A decisão foi recebida com grande surpresa pelos presentes.
Assim, no dia 17 de março de 1855, Inácio Joaquim Barbosa apresentou o projeto de elevação do povoado de Santo Antônio de Aracaju à categoria de cidade e a transferência da capital da província para esta nova cidade, que foi chamada simplesmente de Aracaju. Foi um dos momentos mais importantes e de maior repercussão da história de Sergipe. A nova localização da capital iria beneficiar o escoamento da produção principalmente açucareira da época, além de representar um local mais adequado para a sede do governo para o desenvolvimento futuro. A cidade de São Cristóvão não se revoltou de forma violenta contra a decisão, tendo apenas feito manifestações de protesto.
Dessa forma Aracaju passou à frente de várias cidades já estruturadas, com melhores condições enquanto desenvolvimento urbano. Cidades como Laranjeiras, Maruim e Itaporanga se apresentavam em condição superior à de Aracaju.
Como Aracaju surgiu com o objetivo de sediar a capital da província de Sergipe del-Rei, que até este momento se localizava na cidade de São Cristóvão, segundo alguns historiadores, Aracaju foi idealizada com "planejamento urbano" desde o início, pois as primeiras ruas estão organizadas de forma a lembrar um tabuleiro de xadrez.
O responsável pelo desenho da cidade de Aracaju foi o engenheiro Sebastião Basílio Pirro. A construção da cidade apresentou algumas dificuldades de engenharia, pois a região continha muitos pântanos, pequenos lagos e mangues.
Apesar de se saber o dia exato de fundação da cidade, não se sabe com certeza qual foi o ponto inicial urbano. É provável que ela tenha sido ocupada a partir da atual Praça General Valadão, onde se situava o porto.
Existe um bairro na cidade chamado Bairro América, o nome das ruas dele em grande parte são nomes dos outros países da América, há também em Aracaju ruas que homenageiam os outros estados da federação e há bairros como o Médici, Castello Branco que fazem homenagem aos generais que comandavam o país na época em que os mesmos foram construídos.
O solo da cidade, inclusive no bairro do Santo Antônio composto por um areal, e em zonas mais próximas ao mar (Bairros Salgado Filho, Grageru, São José) era uma área de manguezal, constantemente inundada. Essa é a área mais urbanizada da cidade, com concentração de prédios, que por muitos anos possuíam altura máxima de 12 andares. Com a aprovação do "Novo Plano Diretor", essa altura máxima subiu para 23 andares.
Os prédios baixos facilitam a circulação de ar pela cidade, que por natureza é bastante quente durante a maior parte do ano. Ao contrário do que acontece nas capitais litorâneas, a zona mais rica da capital está às margens do rio Sergipe, assim como o Centro. À beira-mar, estão os hotéis e casas de veraneio, com exceção de bairros como a Atalaia e a Coroa do Meio, que contém uma grande densidade demográfica.
Hoje, a área de manguezal está coberta por concreto e é onde está localizada a parte mais nobre da cidade, com os bairros Jardins, 13 de Julho, Grageru e outros. A vegetação original e o mangue, que ficava principalmente às margens do rio Sergipe, foram quase que completamente soterrados.
As unidades que compõem o quadro morfológico são os tabuleiros sedimentares e planície flúvio-marinha e planície marinha. Relevo dessecado do tipo colina. Aprofundamento de drenagem muito fraca e extensão de suas formas. Os tabuleiros sedimentares são um conjunto de baixas elevações, com forma de mesa, separadas por vales de fundo chato, onde se desenvolvem amplas várzeas. O relevo plano faz com que seja bastante apropriada a prática do ciclismo, sendo este o meio de transporte incentivado pela Prefeitura. A escolha da bicicleta ajuda a diminuir os congestionamentos e libera o transporte público. Apesar disso, o ciclismo ainda é meio de transporte para as classes mais baixas. Existem algumas grandes ciclovias na cidade. As mais antigas são da avenida Augusto Franco, avenida Beira Mar, e mais recentemente, avenida São Paulo (em direção aos bairros mais periféricos), e da praia de Atalaia.
O clima é quente e úmido, com período chuvoso de março a agosto. A temperatura média anual é de 26 °C e precipitação média anual de 1590 mm.
Os meses mais quentes de Aracaju são: janeiro, fevereiro e março, com temperatura média de 29 °C, sendo que a média das máximas são 32 °C e a das mínimas são 25 °C. Já os mais frios são julho e agosto, com temperatura média de 24 °C, a média das máximas não supera os 28 °C, e à noite a temperatura cai para 22 °. O recorde de temperatura máxima na cidade é de 36 °C, que ocorreu o dia 14 de março de 2011 e da mínima é de 15,5 °C, que ocorreu no dia 15 de agosto de 1932.
Em Aracaju os meses mais chuvosos são entre Março e Agosto, pois o vento forte devido as temperaturas mais baixas no Sul e Sudeste do país nesses meses trazem várias nuvens carregadas. Nesse período, a quantidade média de chuva supera os 200 mm por mês. Entre esses meses, o mais chuvoso é o Abril, no qual chove cerca de 241 mm. Os meses mais secos, entre Setembro e Fevereiro, o vento fica mais fraco, só conseguindo trazer nuvens leves, então chove menos. O mês mais seco é Novembro, que chove cerca de 48 mm. A média de chuvas entre esses meses é de aproximadamente entre 60 mm e 75 mm.
A saúde em Aracaju é administrada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) que planeja e executa as ações na área, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde. Existem quatro estabelecimentos de saúde públicos com internação e 16 estabelecimentos de saúde privados com internação. São 2.491 leitos, sendo 2.053 disponíveis ao Sistema Único de Saúde (2002, IBGE). A cidade conta com 43 unidades de saúde da família do PSF. A expectativa de vida é de 68,72 anos (IBGE,
A quantidade de táxis é acima da média de muitas cidades, o que provocou, há alguns anos, uma "guerra" entre as empresas, tornando o preço das corridas de táxi tão baixos que foi necessário um "acordo" entre elas para que o sistema pudesse ser mantido. Com exceção dos dias de chuva, é consideravelmente fácil conseguir um táxi na cidade.
A bicicleta tem uma crescente importância. Antes apenas com duas ciclovias - a da avenida Rio de Janeiro ou Augusto Franco e da avenida Beira Mar (Zona Sul) - a cidade vem recebendo investimentos federais provenientes do Ministério das Cidades para a construção de mais. Alguns anos atrás foi construída ao longo da avenida São Paulo, dando continuidade à da avenida Rio de Janeiro, e atualmente sendo expandida para outros locais, como o Conjunto Orlando Dantas e a avenida Beira-mar, às margens do rio Sergipe. Atualmente a cidade tem 62 quilômetros de ciclovias.